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  • - Victória Destefani Silveira de Souza - Apaixonada por cinema é estudante do Curso Técnico em Turismo no IFC, Campus São Francisco do Sul

Fate: a saga Winx apenas agrada aos fãs - Victória Destefani

Quem foi criança durante a década de 2000 sempre sonhou em ser uma fada Winx. Quando a Netflix anunciou que estava preparando uma série live action sobre o desenho, todos os fãs ficaram felizes em ver seus personagens favoritos sendo retratados nas grandes telas. Mas não foi o que a série trouxe. Com muitos erros no enredo, Fate: a saga Winx agradou apenas aos fãs.

A série é o arquétipo de séries teen da Netflix. É fácil e rápida de assistir, contando com seis episódios. É uma produção feita para maratonar em um dia, com heróis e vilões dignos do mundo sobrenatural. Os personagens geram certa identificação com relação aos espectadores e é feita propriamente para adolescentes.

A fotografia, figurino e ambientação são um prato cheio para quem assistiu à série durante a infância. A fotografia casa muito bem com os personagens, especialmente para dar destaque aos sentimentos e personalidade. As cores também ajudam nessa ambientação, de modo que todas as fadas possuem sempre um figurino da sua cor. Por exemplo Bloom, uma fada do fogo, sempre utiliza tons de vermelho nas ruas roupas. A escola Alfea também entrou nessa nostalgia, criando um ambiente similar ao visto na série. Esses pequenos detalhes são capazes de criar certa nostalgia aos fãs e cativar ao público.

Mas, apesar de muitos acertos, a adaptação peca em diversos sentidos. As protagonistas são os estereótipos de Meninas Malvadas, começando pela Bloom. A Bloom na animação é uma fada muito poderosa adorada por humanos, mas ainda não conhece bem como utilizar isso a seu favor. Na adaptação ela recebe um toque sombrio e o estereótipo de protagonista chata. Stella é uma fada da luz, princesa de Solaria, muito carinhosa e prestativa com suas amigas. Na série, ela assume o estereótipo de loira malvada, descaracterizando totalmente a personagem.


Divulgação/

Aisha é a antagonista negra, e que assume o estereótipo de amiga da protagonista, faltando muito enredo para o desenvolvimento dela. Musa é a fada da música, capaz de utilizar a frequência sonora para desestabilizar o vilão. Na adaptação ela é uma fada da mente, sentindo o que cada um sente, mas apesar de um poder interessante, ela é má construída, sendo resumida apenas a seu relacionamento. A Terra é uma personagem que não existe na animação, sendo criada especificamente para a série. Ela é interpretada por uma atriz gorda, mas foi resumida somente a seu corpo e a sofrer bullying na história. Essas pequenas falhas geram um problema no entendimento do enredo da adaptação.

Fate é uma série que falta originalidade, o que me decepcionou bastante. A animação é inovadora, com muita cor e brilho, mas momentos sombrios. A série não consegue fazer isso e falta certa originalidade. Senti muito falta de personagens como Flora, Brandon e as Trix, que para mim são essenciais na história da animação italiana. Assim, Fate foi uma produção que agradou somente aos fãs.



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